Atuação dos diferentes elos da cadeia e a busca da autossuficiência econômica para as atividades logísticas
Sob o conceito da responsabilidade compartilhada na logística reversa das embalagens vazias de defensivos agrícolas, cada agente da cadeia agrícola arca com uma parte das despesas para assegurar o funcionamento do Sistema.
O inpEV, financiado integralmente pelas empresas associadas, concentra a maior parte dos custos, com itens como:
- infraestrutura;
- unidades de recebimento;
- atividades de logística;
- destinação final;
- comunicação e educação;
- assessoria jurídica;
- desenvolvimento tecnológico;
- projetos de sustentabilidade.
O agricultor arca com o transporte da propriedade até o local de devolução indicado na nota fiscal de venda. Os canais de distribuição (revendedores e cooperativas) são responsáveis pela construção e administração das unidades de recebimento.
A indústria fabricante se encarrega dos custos de logística e destinação final, atividades realizadas pelo inpEV.
O governo apoia os esforços de educação e conscientização do agricultor em conjunto com fabricantes e comerciantes.
Busca da autossuficiência
Desde sua criação, o inpEV busca a autossuficiência econômica na operação do Sistema Campo Limpo. O programa não visa lucro, mas tem o potencial de gerar recursos que podem contribuir com o financiamento das atividades.
Em 2008, o inpEV deu um importante passo para alavancar a geração de recursos pelo próprio Sistema, com a criação da Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A. A empresa produz resinas pós-consumo para uso na fabricação de embalagens plásticas para a própria indústria do setor, fechando o ciclo dos materiais dentro da própria cadeia. De caráter inovador, a Campo Limpo integrou 30 acionistas fabricantes de defensivos agrícolas e foi concebida de acordo com os conceitos de ecoeficiência. O projeto considerou a redução na geração de impactos ambientais a partir de uma moderna estação de tratamento de efluentes, sistema de reaproveitamento da água da chuva e uso racional da luz solar, entre outras medidas.
Em 2009, a empresa foi pioneira ao lançar a Ecoplástica Triex, a primeira embalagem fabricada com resina reciclada para defensivos agrícolas a obter certificação UN (para transporte terrestre e marítimo de produtos perigosos) no mundo. O processo de produção conta com a certificação ISO 9001:2000. Além de ser uma solução inovadora para o fechamento do ciclo da gestão das embalagens desse material, a Ecoplástica Triex possibilita ganhos ambientais muito significativos: cada embalagem de 20 litros produzida evita a emissão de 1,5 kg de CO2e.
Os avanços rumo à autossuficiência seguiram em 2015, com o início das atividades da Campo Limpo Tampas e Resinas Plásticas Ltda., localizada no interior de São Paulo.